7 DE SETEMBRO:
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
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Cena do grito de Independência |
No dia 7 de
setembro comemoramos o Dia da Independência do Brasil. Neste dia celebramos a
Emancipação Brasileira do Reino de Portugal que ocorreu em 1822.
A
independência do Brasil, enquanto processo histórico desenhou-se muito tempo
antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços
coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil
se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações
políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte
Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.
O processo de
Independência começa com o agravamento da crise do sistema colonial e se
estende até a adoção da primeira Constituição Brasileira em 1824. As revoltas
do final do século XVIII e começo do XIX, como a Inconfidência Mineira, a
Conjuração Baiana, a Revolta Pernambucana de 1817, dentre outras, mostram o
enfraquecimento do sistema colonial. Além disso, a Independência dos EUA e a
Revolução Francesa reforçam os argumentos dos defensores das ideias liberais e
republicanas, crescendo assim, a condenação internacional ao Absolutismo
Monárquico e ao Colonialismo, aumentando as pressões externas e internas contra
o monopólio português e o excesso de impostos numa época de livre comércio.
A presença da
Família Real Portuguesa trouxe grandes avanços à colônia brasileira, mas ao
mesmo tempo criou um grande rombo nos cofres brasileiros, o que deixou a nação
em péssimas condições financeiras.
Em meio às
conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos
lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população
tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos
e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais
ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.
Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe
retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta
administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a
elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas
ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e
comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da
independência brasileira.
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D. Pedro I |
No final de 1821, quando as
pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência
organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no
Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de
1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir
desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento
político.
Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos
quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio,
grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de
independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além
disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de
Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
Essa última medida de Dom
Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável.
Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o
Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão
militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento
do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do
país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.
Em protesto, os portugueses anulam a
convocação da Assembleia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas
e exigem o retorno imediato do príncipe regente. No dia 7 de setembro de 1822,
numa viagem a São Paulo, dom Pedro recebe as exigências das cortes. Irritado,
reage proclamando a independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822 é
aclamado imperador pelos padres do reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro
em 1º de dezembro, recebendo o título de dom Pedro I. No início de 1823
realizam-se eleições para a Assembleia Constituinte da primeira Carta do
império brasileiro. A Assembleia é fechada em novembro por divergências com dom
Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo
imperador em 25 de março de 1824. Com a Constituição em vigor e vencidas as
últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo de separação entre
colônia e metrópole está concluído. Contra o liberalismo de setores das elites
brasileiras triunfa o espírito conservador e centralizador de José Bonifácio.
Ele pregava a independência sem mudança de regime, ou seja, sem a proclamação
da República nem mudanças sociais importantes, como a abolição da escravatura.
A independência, entretanto, só é reconhecida por Portugal em 1825, quando D.
João VI assina o Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil.
FONTE:http://www.brasilescola.com/historiab/independencia-brasil.htm
http://www.unificado.com.br/calendario/09/indepen.htm